Dylan (o quarto da esquerda para direita): herói teen.
Virou uma febre nos estúdios buscar séries (ou sagas) literárias para adolescentes para transformar em filmes. A porta aberta por Harry Potter (2001) gerou outras adaptações voltadas para o mesmo público. Franquias iniciadas com Crepúsculo (2008), Percy Jackson (2010), Jogos Vorazes (2012) e Divergente (2014) valem ouro entre as plateias juvenis. É verdade que no ramo as meninas levam vantagem no protagonismo (e eu nem mencionei os fiascos Dezesseis Luas/2013 e Os Instrumentos Mortais/2013), portanto, não deixa de ser interessante o sucesso de Maze Runner e sua estrutura majoritariamente voltada para os garotos, com momentos para exercitar a testosterona e os atritos. O filme marcou a estreia de Wes Ball na direção depois de realizar trabalhos de efeitos especiais e direção de arte em vários filmes. Diante do apelo visual percebe-se o motivo da escolha de Wes. Maze Runner não tem o apelo de mitologias ou elementos sobrenaturais para garantir o interesse da plateia, está mais para os modelos de sociedade distópica de Jogos Vorazes e Insurgente (e não deixa de ser interessante como esses dois mundos servem para a construção das aventuras voltadas para os adolescentes, mas isso é assunto para outro momento). Em Maze Runner: Correr ou Morrer, vamos descobrindo a história junto com os personagens numa aventura cheia de suspense. O protagonista da trama é Thomas (Dylan O'Bryen), um rapaz que acorda sem memória trancado em um elevador. O transporte o leva até uma clareira onde conhece um grupo de garotos isolados que vivem isolados às voltas com um misterioso labirinto que abriga criaturas monstruosas que permanecem distantes quando as portas do labirinto se fecham à noite. Entre os meninos existe Gally (Will Poulter e suas sobrancelhas inconcebíveis), o líder do grupo e primeiro a chegar clareira. Gally se considera a pessoa mais indicada a manter a ordem com a ajuda do mais sensato Mewt (Thomas Bordie-Sangster), enquanto um grupo de escolhidos é responsável por mapear o labirinto e encontrar uma possível saída daquela realidade. Com regras rígidas o grupo começa mudar a rotina quando Thomas resolve mudar algumas estratégias de sobrevivência. A partir desse ponto coisas diferentes começam a acontecer colocando em risco o grupo e deixando Gally cada vez mais receoso de manter Thomas no grupo - e tudo piora quando o rapaz recupera a memória. Como em outras aventuras destinadas à faixa etária, o mocinho é mais uma vez aquele sujeito que pensa diferente e aos poucos torna-se um líder por ganhar a confiança do grupo com suas ousadias. Até aí o filme não tem novidade alguma. O frescor da franquia é o tom de mistério que domina a história até o final onde é revelado os maiores segredos daquela realidade sombria. O resultado colheu críticas positivas e agradou as plateias mundiais, ao ponto de render três prêmios no MTV Movie Awards (espécie de termômetro do gênero), sendo todos envolvendo o protagonista Dylan O'Bryen (revelação do ano, melhor luta e melhor herói) o que só ressalta como os meninos faziam falta nesse filão hollywoodiano. O próximo filme da série (Maze Runner: Prova de Fogo) será lançado no dia 17 de setembro no Brasil.
Maze Runner: Correr ou Morrer (Maze Runner/EUA-2014) de Wes Ball com Dylan O'Bryen, Will Poulter, Thomas Bordie-Sangster e Patricia Clarkson. ☻☻☻
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