O Bronze: o vilão platinado |
São tantos acertos na primeira aventura do agente dirigida por Sam Mendes que seria até difícil destacar apenas um. No entanto, o fato é que o aterrorizante Silva (Javier Bardem) tornou-se o melhor vilão da franquia em décadas! O motivo é simples, sua sede de vingança o torna tão humano que deixa a plateia ainda mais apreensiva. Some isso à cabeleira loura (que funciona como uma imagem distorcida das virtudes do próprio James Bond de Daniel Craig, uma espécie de Bond Bizarro, que torna o filme ainda mais interessante, permitindo novas leituras da história do herói caçando o vilão (ou vice-versa).
A Prata: o poeta cubano. |
02 - Antes do Anoitecer (2000)
Javier Bardem tornou-se o primeiro ator espanhol indicado ao Oscar (mas ele recebeu um somente em 2008 como coadjuvante de Onde Os Fracos Não Tem Vez). No antológico filme de Julian Schnabel, o ator vive o poeta cubano Reinaldo Arenas. O filme conta a história do escritor de sua adolescência até a morte precoce, destacando o tratamento que o regime de Fidel Castro concedeu ao autor devido à sua sexualidade. Além da brilhante atuação, Javier sempre lembra da dificuldade que foi interpretar os diálogos em inglês (uma opção inexplicável da produção). Pelo papel o ator ainda recebeu o prêmio de melhor ator em Veneza.
O Ouro: Ramón Sampedro. |
01 - Mar Adentro (2004)
É difícil escolher a atuação favorita de um ator com vários momentos brilhantes em sua carreira. Mas acho inesquecível o que o ator faz na pele de Ramón Sampedro, que por conta de um acidente viveu preso por décadas à uma cama e, por trinta anos, lutou na justiça pelo direito de morrer. Alejandro Amenábar realiza um filme belíssimo (recebeu o Oscar de Filme Estrangeiro e outros 65 prêmios!), tendo o grande desafio de lidar com um tema difícil, baseado numa polêmica história real. Aqui, Bardem alcança outro ponto alto em sua carreira - que lhe valeu outro prêmio de atuação no Festival de Veneza e uma indicação ao Globo de Ouro. Javier está simplesmente magistral!
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