CHRISTIAN BALE (O Vencedor) Anos atrás o Coringa ganhou o Oscar de coadjuvante, agora chegou a vez do Batman! Christian Bale perdeu peso novamente para encarnar o irmão problemático de um lutador de boxe e que funciona como maior motivador da carreira deste. No filme promovido para elevar o status de Mark Wahlberg, Bale é quem rouba a cena. Não deixa de ser uma vingança depois que o ator foi alvo de deboches por ser ofuscado por seus coadjuvantes (até por Sam Worttington no último Exterminador do Futuro, lembra?). Bale atua desde os 12 anos quando estreou sob a batuta de Spielberg no drama Império do Sol (1987). Apesar de sua fama de explosivo, o ator é o favorito na categoria. Esta é a primeira indicação do ator ao Oscar - e quem acompanha a carreira do moço sabe que ele já deveria ter umas três no currículo.
GEOFFREY RUSH (O Discurso do Rei) Dia desses estava passando uma reprise de Piratas do Caribe na TV e eu não parava de pensar que fim Geoffrey Rush tinha levado. O australiano ganhador do Oscar por Shine - Brilhante (1996) estava sumido de produções relevantes há algum tempo se satisfazendo soterrado na maquiagem da franquia do Capitão Jack Saprrow. Rush tem no papel do ex-ator que precisa ensinar o Rei George VI (Colin Firth) a vencer a gagueira tudo o que precisa para voltar ao primeiro time de Hollywood. Além de ter ganho o Oscar em sua primeira indicação ao prêmio, ele ainda foi lembrado por sua atuação cômica em Shakespeare Apaixonado (1998) nesta mesma categoria. Sem falar que sua última indicação ao prêmio foi em 2001 por Contos Proibidos do Marquês de Sade, onde encarnou o próprio autor libertino com um vigor impressionante.
JEREMY RENNER (Atração Perigosa) Depois de sua indicação ao Oscar de ator no ano passado, Renner mostra que tem fortes chances de fazer uma bela carreira em Hollywood. Neste ano o cara roubou a cena de Ben Affleck no segundo longa do astro na direção. Renner interpreta o amigo ladrão do protagonista neste que foi um dos filmes policiais mais elogiados do ano. Há quem não goste do estilo do cara, as poucas palavras, a cara de marrento, mas o fato é que ele consegue sustentar o filme quando Affleck não tem a presença em cena suficiente para bancar o action hero. Renner pode até não ganhar, mas ter a proeza de ser indicado ao Oscar dois anos consecutivamente não é para qualquer um.
MARK RUFFALO (Minhas Mães e Meu Pai) Fazia tempo que a Academia andava devendo uma indicação ao Oscar para Ruffalo. Desde Conte Comigo (2001) ele poderia ter colhido alguma indicação, mas passou em branco em todas as cerimonias, mesmo quando esteve muito bem em Ensaio sobre a Cegueira (2008) como o esposo de Julianne Moore. Sorte que Mark se encontrou com Juliane de novo nos sets desta dramédia sobre um casal de lésbicas que descobrem o pai biológico de seus filhos. O ator alcança o auge de sua interpretação do cara de bom coração que confunde os sentimentos de quem está por perto. Neste ano Ruffalo ainda esteve em Ilha do Medo de Scorsese e a indicação prova que teve um ano realmente especial.
JOHN HAWKES (Inverno da Alma) Hawkes foi a grande surpresa da categoria. Em sua primeira indicação ao Oscar, este ator de 51 anos já participou de produções como O Gangster (2007) e seriados como Taken (2002). Porém, devido ao seu tipo único (rosto marcado, magro...) quase não aparece em grandes produções. Ele chamou a atenção em 2010 como o violento tio de Ree Dolly (Jennifer Lawrence) em Inverno da Alma. Como o tio que não quer ajudar a sobrinha a encontrar o pai Hawkes tem bons momentos, mesmo com uma participação curta em um dos filmes independentes mais bem sucedidos do ano. O ator já colhe frutos por sua atuação: está em Contagion, novo filme de Steve Sorderberg ao lado de Jude Law, Kate Winslet e Marion Cotillard.
O ESQUECIDO: ANDREW GARFIELD (A Rede Social) Algo me diz que Garfield não foi indicado ao Oscar de coadjuvante por ser o novo Homem Aranha, afinal de contas, sua indicação era tida como mais do que certa - tão certa quanto a certeza de que a Academia detesta indicar "heróis" para a premiação (como o Batman já estava na lista sobrou para Andrew). Garfield interpreta o brasileiro Eduardo Saverin, sujeito bem intencionado (até demais) que foi o único amigo de Jerry Zuckerberg, o criador do Facebook, até que este o passou para trás. Considero que o filme não teria o peso que tem sem sua atuação extremamente humana e bem construída que contrasta com o protagonista encarnado por Jesse Einsenberg. Em 2010 ele ainda fez bonito em Não me abandone Jamais ao lado de Keira Knightley e Carey Mulligan. Seja como for, Garfield promete fazer bonito nos próximos anos.
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