segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Palpites para o Oscar 2025 - PARTE II

"Babygirl" de Halina Rijn
 
Nicole Kidman no Oscar de novo? Pode apostar que sim! Com a credencial de ser eleita a melhor atriz do último Festival de Veneza, a atriz fincou seu lugar na disputa do prêmio de melhor atriz da temporada. No papel de uma executiva casada que se envolve no jogo de sedução de um jovem funcionário, o filme investe num tom bastante provocativo para abordar os riscos dessa relação. Embora possa aparecer em outras categorias (incluindo de ator coadjuvante para Antonio Banderas ou Harris Dickinson) a campanha do filme investe cada vez mais no trabalho de Kidman para figurar nas premiações. Se for indicada, esta será a sexta vez que a atriz será indicada (e ela possui um Oscar na estante por As Horas/2002). 

"Sing Sing" de Greg Kwedar

Quem vai precisar de um empurrãozinho na temporada é Colman Domingo, que já foi considerado o favorito ao Oscar de melhor ator quando este filme começou a ser exibido nos Estados Unidos, mas após não chamar atenção nas bilheterias, o longa perdeu fôlego justamente quando precisava estar mais em evidência. Ambientado na prisão de segurança máxima que dá nome ao filme, o longa conta a história de detentos envolvidos com o projeto Reabilitação Através da Arte, em que presidiários se envolvem com espetáculos teatrais. Colman e Paul Racci lideram o elenco que inclui pessoas que participaram do projeto. Elogiado pela crítica, o filme precisa de uma campanha de resgate para não desaparecer nas premiações.
 
"Hard Truths" de Mike Leigh  
 
Outro filme independente que precisa de apoio para não ser esquecido na temporada de prêmios é a nova produção assinada pelo inglês Mike Leigh. Elogiado nos festivais em que foi exibido, o longa conta a história de Pansy (Marianne Jean-Baptiste), um mulher depressiva que precisa aprender a controlar sua raiva. Seu temperamento afeta sua relação com o marido e o filho e parece que somente a irmã tem paciência com ela. O filme promove o reencontro de Leigh com Marianne, que foi indicada como atriz coadjuvante por sua obra-prima, Segredos e Mentiras (1996). O mais legal do filme é ver Leigh conseguindo bancar um projeto após anos seis anos ouvindo que seus longas não são interessantes para gerar lucro. Sacrilégio!
 
"The Real Pain" de Jesse Eisenberg
 
Quem desponta como favorito ao prêmio de coadjuvante é Kieran Culkin, após todo o sucesso de sua performance nas temporadas de Succession (2018-2023) ele recebe cada vez mais elogios por seu trabalho neste segundo longa dirigido por Jesse Eisenberg, que também atua no filme. Os dois vivem primos que após a morte da avó resolvem viajar para a Polônia para conhecer a origem da família. Os dois se deparam então com as lembranças do Holocausto. Aclamado no Festival de Sundance, Eisenberg tem poucas chances de ser indicado à melhor ator ou direção, mas deve aparecer na categoria de melhor roteiro original.  

"Nickel Boys" de RaMell Ross 

 
Imagina que você lança seu primeiro longa-metragem de ficção e é comparado com ninguém menos do que Terrence Mallick! É isso o que acontece com RaMell Ross, após dirigir um documentário, um curta e uma série de TV, o rapaz colhe elogios calorosos com sua adaptação da obra de Colson Whitehead (ganhador do Pulitzer) sobre o cotidiano de dois jovens que vivem em um reformatório da Flórida. A recepção à produção é tão calorosa que apostam que ele aparecerá entre os concorrentes aos Oscars de filme, direção, roteiro adaptado, fotografia, montagem e ator coadjuvante para o novato Brandon Wilson.
 
"Jurado Nº2" de Clint Eastwood
 
 Imagine que você investe uma fortuna em um dos maiores micos do ano e, ao mesmo tempo, tem uma das produções mais elogiadas da temporada e... não dá a mínima para ela. Este comportamento estranho é o que a Warner apresenta com relação ao novo filme da lenda viva Clint Eastwood. O filme rejeita ser apenas mais um filme de tribunal e apresenta uma truncada teia de interesses e dilemas morais defendidos por um elenco encabeçado por Nicholas Hoult e Toni Collette. A produção que conta com pífia campanha de marketing pode aparecer no Oscar se tiver uma boa campanha de boca a boca em uma Hollywood perdida entre franquias e fiascos de bilheteria. Com o vexame de Coringa2 A Warner agora só tem olhos para campanha de  Duna2 para o Oscar (e deve alcançar o mesmo resultado do primeiro filme perante à Acadermia). 

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