Edward Norton (Um Completo Desconhecido) é o único da categoria que já foi indicado ao Oscar. Em sua estreia (As Duas Faces de Um Crime/1996) ele foi indicado como coadjuvante e tempos depois voltou à mesma categoria por seu trabalho como o ator arrogante de Birdman (2014). Entre as duas indicações, ele concorreu como melhor ator pelo polêmico A Outra História Americana (1998) que o consagrou como um dos maiores nomes de sua geração. Embora trabalhe pouco no cinema, Edward ainda é bastante respeitado entre seus pares e conseguiu a quarta indicação da carreira ao encarnar o cantor folk Pete Seger nesta cinebiografia sobre o início da carreira de Bob Dylan. Será que Edward leva dessa vez?
Guy Pearce (O Brutalista) tem uma coleção de indicados ao Oscar em seu currículo, esteve em Priscila - A Rainha do Deserto (1994), Los Angeles: Cidade Proibida (1997), Amnésia (2000) e Guerra ao Terror (2009), mas nunca fora indicado por uma atuação. Afim de reparar este equívoco na carreira do australiano, a Academia finalmente reconheceu seu talento por seu trabalho por este épico com mais de três horas de duração. Guy interpreta um milionário que contrata o arquiteto do título para levantar uma construção que se tornará no verdadeiro legado de sua vida. No entanto, a delicada relação entre os dois sempre envereda por caminhos inesperados - e o ator está perfeito em cada cena!
Jeremy Strong (O Aprendiz) ficou conhecido por seu trabalho na série Succession (2018-2023) da HBO e faz um tempo que buscava um papel de peso no cinema, mas ele só surgiu mesmo quando caiu em seu colo o roteiro, do controverso filme, que explora a relação do jovem Donald Trump com o implacável advogado Roy Cohn na Nova York dos anos 1970. Se Trump já tinha dinheiro por conta da família, foi Cohn que ensinou ao atual presidente dos EUA como galgar posições cada vez mais altas de poder. Strong vive Cohn com notável habilidade. Sua indicação era uma grande dúvida durante a temporada de prêmios, mas ao que parece caiu na graça de um número considerado de votantes no Oscar. Resta saber se tem fôlego para sair premiado. Esta é sua primeira indicação ao prêmio.
Kieran Culkin (A Verdadeira Dor) também estava em Succession e foi premiado várias vezes pela série, ali, fez o público lembrar cada vez mais do talento do irmão de Macaulay Culkin, que também atua desde pequeno. Kieran começou no cinema aos oito anos de idade ao lado do irmão no sucesso Esqueceram de Mim (1990) e não parou mais de trabalhar! Sua primeira indicação ao Oscar veio por conta de seu trabalho como Benji, o caótico primo do protagonista que parte junto dele à uma viagem para a Polônia para conhecer as origens da família. Ocupando o posto de favorito da categoria, até aqui o momento em que esteve mais perto de uma indicação ao Oscar foi por seu trabalho em A Estranha Família de Igby (2002) que lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro de melhor ator de comédia ou musical.
Yura Borisov (Anora) surpreendeu muita gente ao cravar sua indicação na categoria. O ator russo já coleciona mais de cinquenta produções no currículo desde que começou a carreira há mais de vinte anos em sua terra natal. Pelo seu papel no filme de Sean Baker, o ator chamou atenção de público e crítica por seu personagem sempre servir de contraponto para o que se vê na tela. Um misto de insatisfação, empatia e identificação com tudo o que acontece com a protagonista faz com que ele seja o ponto dissonante entre os capangas russos do filme. Para além disso, ainda tem aquela cena final que deixa a plateia com o coração apertadinho. Yura quase caiu no radar do Oscar anteriormente por Compartimento nº6, que tentou uma vaga pela Finlândia no Oscar de Filme Internacional em 2022.
Clarence Maclin (Sing Sing) muita gente considerava que a presença do ator era certa entre os indicados ao prêmio, mas conforme a temporada se tornava cada vez mais acirrada, seu nome acabou restrito às premiações voltadas para o cinema independente. Aqui, Clarence interpreta uma versão de si mesmo, um homem que cumpre pena na famosa prisão que dá nome ao filme e que encontra um novo rumo na vida por seu trabalho no projeto de teatro da prisão. Premiado no Gotham Awards pelo papel, ao menos, o ator está indicado ao Oscar de melhor roteiro adaptado por ter colaborado na escrita da produção que carrega muito de sua experiência pessoal.
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