Adrien Brody (O Brutalista) é o único concorrente da categoria a ter um Oscar na estante. O ator foi premiado em 2002 por seu magnífico trabalho em O Pianista, que o colocou no célebre posto de ser o mais jovem a ter recebido o prêmio (o ator tinha 29 anos). Desde então ele fez de tudo, superproduções, filmes independentes, produções para a televisão, comédias de Wes Anderson, filme com Woody Allen... depois de levar o Globo de Ouro de ator de drama por seu trabalho como o arquiteto visionário László Toth no mundo pós-holocausto, Brody ocupa o posto de favorito a levar o Oscar. Se acontecer, ele fará parte do seleto clube de atores com duas estatuetas de melhor ator (e isso somente com duas indicações, ou seja, 100% de aproveitamento).
Colman Domingo (Sing Sing) concorreu na mesma categoria no ano passado por Rustin e agora ele volta ao páreo por seu papel de um homem preso por um crime que não cometeu, mas que encontra na prisão um propósito ao atuar num grupo de teatro junto a outros homens encarcerados. Baseado em uma história real, o filme já era comentado desde antes de seu lançamento e colocou por algum tempo o ator como o favorito à estatueta. No entanto, a bilheteria modesta do filme se mostrou um problema para o fôlego nas premiações - embora o talentoso Colman Domingo está indicado a todos os prêmios da temporada. Se levar, será o sexto ator negro a ser premiado na categoria em 97 anos de Oscar.
Ralph Fiennes (Conclave) finalmente levará um Oscar para casa? O ator já foi indicado como melhor ator coadjuvante por A Lista de Schindler (1993) e melhor ator por O Paciente Inglês (1996) e só. Faz tempo que o ator não cai nas graças da Academia, mesmo tendo uma coleção de personagens memoráveis. Muitos consideram que chegou a hora de celebrar a carreira deste renomado ator inglês que agora vive o Cardeal Lawrence, que após a morte do Papa, se reúne com outros sacerdotes para eleger o sucessor. Cercado de líderes no Vaticano, ele descobre alguns segredos que podem abalar os fundamentos da própria Igreja. Elogiado por seu trabalho neste filme aclamado, Ralph pode surpreender na noite do dia 02 de março.
Sebastian Stan (O Aprendiz) levou o prêmio de melhor ator no Festival de Veneza por seu trabalho em Um Homem Diferente e muitos apostavam que após a premiação do Globo de Ouro suas chances de ser indicado ao Oscar pelo filme eram ampliadas. Só que... o Oscar é uma caixinha de surpresas e o indicou pelo seu trabalho neste outro filme sobre os primórdios de Donald Trump em sua convivência com o controverso Roy Cohn. O filme foi rodeado de polêmicas ao ser lançado em ano eleitoral nos EUA (e o resultado da eleição todo mundo já sabe). A indicação pegou muita gente de surpresa, mas celebra a carreira de um ator que soube aproveitar a projeção com seus trabalhos na Marvel como o Soldado Invernal. Esta é a primeira indicação de Stan ao Oscar (e ele poderia ter sido indicado por Eu, Tonya/2017 tranquilamente).
Thimothée Chalamet (Um Completo Desconhecido) se levar o Oscar por seu trabalho como um jovem Bob Dylan em início de carreira, Chalamet, por questão de meses irá desbancar Adrien Brody do posto de ator mais jovem a levar o Oscar (o niver do moço é em dezembro, o de Brody é em Abril, ou seja, Brody tinha quase 30 anos quando levou o dele). Celebrado como um dos melhores atores de sua geração, o rapaz já foi indicado anteriormente por Me Chame Pelo Seu Nome (2017) quando tinha apenas 22 anos. Elogiado por sua performance (apesar da recente polêmica sobre uso de IA para ajustar seu canto... mas quem tem voz parecida com do Bob Dylan?), o ator pode celebrar ter dois filmes concorrendo ao prêmio de melhor filme, este aqui e Duna Parte 2.
O ESQUECIDO: Daniel Craig (Queer) bem que tentou conseguir sua primeira indicação ao Oscar por seu trabalho nesta adaptação da obra de William S. Burroughs, mas apesar de sua interpretação elogiada (foi indicada ao Globo de Ouro) o fato do filme ter naufragado nas bilheterias não ajudou em nada a campanha do filme. Obviamente que tentaram capitalizar todo sex appeal de ter o último James Bond em cenas tórridas com outro ator, mas não foi o suficiente. Na pele do expatriado que se apaixona por um homem mais jovem, o ator se distancia o máximo que pode dos seus trabalhos anteriores. Craig se junta então ao posto esquecido no Oscar desse ano ao lado de Glenn Powell (Hitman) e Hugh Grant (Herege).
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