sábado, 4 de março de 2023

INDICADOS AO OSCAR 2023: ATRIZ

Ana de Armas (Blonde) a biopic de Andrew Dominik entrou fácil para o grupo de produções mais polêmicas do ano desde que foi exibido no Festival de Veneza. Sua opção por mostrar o lado mais sórdido da vida de Marilyn Monroe (baseado no livro homônimo de Joyce Carol Oates) causou uma certa revolta na indústria. A sorte é que a atuação de Ana de Armas passou ilesa perante todas as críticas que o filme recebeu e lhe rendeu indicações ao BAFTA, SAG e Globo de Ouro. Essa é a primeira indicação ao Oscar da atriz cubana de 34 anos e que ganhou destaque em várias produções nos últimos anos (como Blade Runner 2049, Entre Facas e Segredos e 007 - Sem Tempo para Morrer). 

Andrea Riseborough (To Leslie) com certeza você já viu a atriz inglesa em algum filme (W/E, Oblivion, Guerra dos Sexos, Mandy, A Morte de Stalin, Possessor...), mas não deve lembrar dela por sua aparência camaleônica. Sua primeira indicação ao Oscar acabou gerando polêmica pela forma revolucionária como foi feita a partir de seus pares em redes sociais. Seu trabalho como a ganhadora da loteria que perde tudo por conta de seus vícios foi aclamada por Cate Blanchett, Kate Winslet e Mia Farrow. Nada mal para uma produção de orçamento minúsculo e sem grana para campanhas de marketing! Pelo trabalho, Andrea foi também indicada ao Independent Spirit. 

Cate Blanchett (TÁR) Única oscarizada entre as indicadas, a atriz australiana está disposta a levar para casa seu terceiro prêmio da Academia. Se Cate sempre foi elogiada por seus trabalhos, pelo papel da maestrina celebrada, mas que tem sua carreira colocada em risco por conta de seu passado nebuloso, ela se tornou um unanimidade da temporada (levou para casa o Globo de Ouro de atriz dramática, o BAFTA e o Critic's Choice) e divide o favoritismo com Michelle Yeoh na categoria. Essa é a sétima indicação da atriz ao Oscar, a quinta na categoria de melhor atriz (pelo qual já foi premiada por Blue Jasmine/2013). Ela também possui o prêmio de coadjuvante por Aviador/2004. 

Michelle Williams (Os Fabelmans) ficou lisonjeada quando Steven Spielberg a convidou para viver o papel inspirado em sua mãe no filme que bebe diretamente nas memórias do diretor. Presente em um terço do filme, se estivesse na categoria de atriz coadjuvante a atriz teria mais chances de ser reconhecida pelo seu bom trabalho, mas com pesos pesados no páreo a coisa complica. Essa é a quinta indicação ao Oscar da atriz que ficou famosa por seu trabalho na série Dawson's Creek, depois ela entrou para lista de queridas da Academia, concorrendo anteriormente como coadjuvante por Manchester à Beira Mar (2016) e Brokeback Mountain (2005), além de melhor atriz por 7 Dias com Marilyn (2011) e Blue Valentine (2010). 

Michelle Yeoh (Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo) fazia tempo que o Oscar devia uma indicação para ela. Ela estudou balé desde os quatro anos, foi para Londres estudar atuação e ganhou o título de Miss Malásia nos anos 1980. Ela fez vários filmes com Jackie Chan e muitos outros em Hollywood. Seu papel no alucinante filme dos Daniels parece uma espécie de homenagem por todos os papéis que encarnou em sua carreira, sem perder o glamour de sua persona pública. No filme, Yeoh vive uma dona de lavanderia que se aventura pelo multiverso para salvar o mundo e sua família. Pelo papel, já levou para casa o Globo de Ouro de atriz de comédia,  o SAG e o Independent Spirit de melhor atriz. É a atual favorita da categoria. 

A ESQUECIDA: Danielle Deadwyler (TILL) Quando o filme estreou, muita gente decretou que Danielle seria pela primeira vez indicada ao Oscar pelo papel da mãe com sede de justiça por conta de um crime envolvendo a morte de seu filho. A luta de sua personagem real contra o racismo e a indiferença das autoridades chegava a despontar até com mais chances de conseguir uma indicação do que a de Viola Davis em A Mulher Rei, no entanto, quando a votação da Academia se aproximou, nenhuma das duas cravaram suas indicações. Danielle promete fazer muitos trabalhos interessantes nos próximos anos e cabe à Academia se redimir de ter deixado seu trabalho memorável passar em branco nas indicações. 

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