Lilly e Paul: parceria de respeito.
Homem-Formiga (2015) está entre os meus filmes favoritos da Marvel! A mistura de ficção científica, comédia e filme de assalto proporciona à aventura um tom de irresistível matinê. Paul Rudd estava muito a vontade com o papel do ladrão Scott Lang, que quase acidentalmente tropeça com o herói original, Hank Pym (Michael Douglas) e passa por um treinamento para se tornar um herói de verdade. Depois, Scott ajudou o time do Capitão América em Guerra Civil (2016) e ficou de fora de Vingadores: Guerra Infinita (2017). Diante de metade da humanidade virando pó (ah vai, isso é um SPOILER? Desculpe, se você andou por outro universo nos últimos meses) a pergunta que ficou era onde estava o Homem-Formiga no embate dos Vingadores contra Thanos? Bem, ele estava cuidando da própria vida. Homem-Formiga e A Vespa começa após a prisão de Scott em Guerra Civil e os acontecimentos que se seguiram, para começar seu relacionamento com a filha de Pym, Hope (Evangeline Lilly) desandou (e ela agora ganhou seu próprio traje e se tornou a Vespa - identidade que era originalmente de sua mãe). Os amigos parceiros do crime de Scott abriram uma companhia de segurança e Hank Pym busca formas de resgatar sua amada esposa do Reino Quântico (um universo em escala sub-atômica em que ela está presa por mais de trinta anos), obviamente que não posso esquecer do empenho de Scott em ser um pai mais presente sem sair de casa , uma vez que ele está cumprindo prisão domiciliar (e a cena inicial cheia de fofura deixa claro o seu empenho). Só estes elementos já dariam conta de fazer um bom filme - e o início do longa deixa isso bem claro. O diretor Peyton Reed novamente assina a direção e demonstra que é possível construir a trajetória de um herói em paralelo com o grandiloquente universo dos Vingadores (a própria Vespa aparecia em Guerra Civil, mas Reed preferiu guardar para esta sequência). O cineasta parece ainda mais seguro diante dos elementos que tem em mãos, sabendo trabalhar muito bem como o roteiro constrói uma grande família ao longo da história. A impressão inicial é que o filme será o primeiro da Marvel sem um vilão para atrapalhar o herói. Mera ilusão. Logo depois de apresentar seus elementos principais surgem os vilões, um é um bandido que cruza o caminho de Vespa, o tolo Sonny Burch (Walton Goggins), o outro é a misteriosa Fantasma (Hannah John-Kamen). Se Sonny Burch poderia sumir no meio da história, Fantasma bem que poderia ser melhor desenvolvida, já que lá pelo meio do caminho sua vilania se dilui e seu arco tem um desfecho aquém do esperado. Com estas sobras consumindo o tempo de duração do filme, sobrou pouco para a magnífica Michelle Pfeiffer aparecer (e ver a atriz na telona é realmente magnético!) como a esposa de Hank Pym, mas prevejo maior destaque para a personagem nos novos rumos da Marvel. Apesar do inchaço, Homem-Formiga e A Vespa flui bem entre a comédia (e tem momentos em que meu rosto doeu de tanto rir) e a ação (que não chegam a impressionar como da primeira aventura) e triunfa mesmo ao apresentar uma nova heroína. Se Paul Rudd já está a vontade com seu personagem, Evangeline Lilly se firma como sua parceira ideal, apresentando uma Vespa tão charmosa quanto a dos quadrinhos com uma postura tão forte e destemida que seria uma ofensa dizer que ela é uma "ajudante" do Homem-Formiga, ela está em pé de igualdade com ele, numa parceria que promete render bons frutos em novas aventuras.
Homem-Formiga e A Vespa (Ant-Man and The Wasp/EUA-2018) de Peyton Reed com Paul Rudd, Evangeline Lilly, Michael Douglas, Michelle Pfeiffer, Abby Ryder Forston, Randall Park, Michael Peña, Judy Greer, Hannah John-Kamen, Laurence Fisburne, Bobby Cannavalle, David Dastmalchian e Walton Goggins. ☻☻☻
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