Cinco filmes assistidos no mês que merecem destaque:
sexta-feira, 30 de setembro de 2022
quinta-feira, 29 de setembro de 2022
NªTV: Killing Eve - 4ª Temporada / Final
Sinto quase uma obrigação de falar sobre a derradeira temporada de Killing Eve. Quando a série estreou, lembro que tudo girava em torno de Sandra Oh que ganhou vários prêmios pela temporada de estreia, no entanto, o melhor de tudo foi ver como a série ganhava corpo ampliando a história de seus coadjuvantes. Obviamente que Villanelle (Jodie Comer) não era coadjuvante, ela precisava apenas de tempo para que a personagem deixasse de ser uma assassina misteriosa para roubar a cena. Havia desde o início mais do que o interesse de Eve por aquela assassina perspicaz, existia em Eve uma admiração que era praticamente um culto e (por que não?) desejo. Esta atração entre as duas personagens sempre foi a força motriz da série, mas seria ingenuidade imaginar que no meio de tantas reviravoltas ela permanecesse. Durante as quatro temporadas ficou claro que Villanelle era apenas uma das peças a serem movimentadas pelo grupo misterioso chamado Os Doze. Não cabe dizer muito mais do que isso porque alguém pode não ter visto a série e eu estrague as surpresas. O fato é que Killing Eve fez o que pôde para manter nosso interesse. Fez Eve ser gata e depois rata nas garras de Villanelle e vice-versa. As duas discutiram a relação diversas vezes, puxaram para cá e para lá o verniz lésbico da série, renderam algumas das cenas mais tensas da história de televisão e algumas das mortes mais criativas também, além de pilharem corpos de coadjuvantes querido pelo caminho. No entanto, nesta quarta temporada tudo me soou meio óbvio, sendo não desinteressante somente pelas performances afiadas do elenco aliada à minha vontade de saber o que aconteceria com cada personagem. Devo dizer que Eve permanece perdida após ter perdido tudo em sua vida. Villanelle permanece a coisa mais interessante da série e Fiona Shaw já foi melhor aproveitada como Carolyn em temporadas anteriores (especialmente antes de seu filho, o fofo Kenny vivido por Sean Delaney deixar a série). Há de se destacar ainda a figura paterna de Kim Bodnia como Konstantin, o mentor de assassinas que merece uma série só dele. Aqui existe várias novas personagens femininas que borram ainda mais a ligação dos 12 com a história de Carolyn até chegar ao último episódio anticlimático. Talvez o anticlímax fique por conta de ser difícil se despedir da série que começou com um fôlego gigantesco e aos poucos o perdeu frescor conforme a criadora Phoebe Waller Bridge (baseada nos livros de Luke Jennings) embarcou em novos projetos, assim como a roteirista Emerald Fennell (que foi até indicada ao Oscar por sua estreia como cineasta). O fato é que Killing Eve aos poucos foi se matando, até morrer nesta despedida previsível.
Killing Eve: 4ª Temporada - Temporada Final (EUA-Reino Unido) de Phoebe Waller Bridge com Sandra Oh, Jodie Comer, Fiona Shaw, Kim Bodnia, Anjana Vasan, Robert Gilbert e Camille Cottin. ☻☻☻
segunda-feira, 26 de setembro de 2022
KLÁSSIQO: O Quarto do Filho
No Festival de Cannes em 2001 concorriam à Palma de Ouro filmes que se tornaram icônicos, estavam lá Cidade dos Sonhos de David Lynch, O Homem que Não Estava Lá dos Irmãos Coen, Moulin Rouge de Baz Luhrman, A Professora de Piano de Michael Haneke e até Shrek tinha chances ao subverter o que conhecemos como contos de fada. Eis que quando a Palma de Ouro foi anunciada, a surpresa foi geral com o italiano O Quarto do Filho de Nanni Moretti levando para casa o prêmio máximo do Festival. Comparado aos demais concorrentes é até compreensível que o filme tenha tocado os votantes com sua história simples sobre um recorte doloroso na vida de seus personagens. Moretti sempre foi conhecido pelo seu senso de humor, mas aqui ele faz um drama pesado de uma família que por conta de um acidente, perde seu filho adolescente - e não há o que fazer a não ser acostumar-se com a devastadora ideia de que aquela amada pessoa se foi. Para sempre. Moretti deixa claro desde o início que seu filme trata de pessoas comuns, que trabalham, vão à escola e escutam reclamações por conta do mal comportamento do filho. A diferença está quando esta normalidade é rompida sem piedade pelo destino (e um dos melhores momentos do filme é quando compõe este anúncio da tragédia, com uma série de acontecimentos triviais que poderiam ter consequências diferentes, um caminhão que passa, um esbarrão na rua...). O Quarto do Filho é sobretudo sobre o luto e a necessidade de neste período complicado encontrar forças para continuar. A forma como cada um dos personagens encara este momento difícil é um diferencial do filme, enquanto a mãe fica devastada, a filha tenta seguir a vida e o pai tenta manter a calma, o que vemos são pedaços de uma família que precisam se reconectar para prosseguir. É verdade que o maior destaque fica por conta do pai psicólogo que passa boa parte do filme ouvindo os problemas das outras pessoas e agora não consegue lidar com os seus. Existe uma verdadeira crise instaurada no personagem que permanece até perto do final, quando uma nova personagem surge e cria a possibilidade de perceber que a vida continua em seus mecanismos imperceptíveis. O filme fica a maior parte do tempo buscando seu momento de catarse, mas ele nunca chega (o que mais se aproxima é aquele paciente vivido pelo estupendo Stefano Accorsi que surta no consultório do protagonista e temos a impressão que o pai gostaria de fazer a mesma coisa), não por acaso o filme termina diante de uma estrada, uma alusão à vida que permanece para os que ficam.
O Quarto do Filho (La Stanza del Figlio/Itália - 2001) de Nanni Moretti com Nanni Moretti, Giuseppe Sanfelice, Laura Morante, Jasmine Trinca, Stefano Accorsi e Sofia Vigliar. ☻☻☻
Na Tela: Não, Não Olhe!
domingo, 25 de setembro de 2022
PL►Y: Garotos de Bem
sábado, 24 de setembro de 2022
PL►Y: Boa Noite, Mamãe
PL►Y: Paris, 13º Distrito
4EVER: Louise Fletcher
domingo, 18 de setembro de 2022
PL►Y: O Homem Ideal
CATÁLOGO: Cabaré Biblioteca Pascal
Podemos dizer que a Hungria deu uma surtada quando selecionou para representar o país numa vaga ao Oscar de filme estrangeiro o esquisitíssimo Cabaré Biblioteca Pascal. Longe de mim dizer que o filme é ruim, já que em toda a sua estranheza o filme prende a atenção com suas maluquices, mas a Academia jamais o selecionaria entre os cinco integrantes da categoria. No entanto, se houvesse uma categoria para criatividade e ousadia, provavelmente o filme de Szabolcs Hajdu ganharia com louvores pelo cruzamento inusitado da atmosfera dos filmes de Pedro Almodóvar com David Lynch. Ao cineasta espanhol, o filme deve muito de sua dramaticidade que beira o exagero e ao americano, o filme herda o tom onírico que abraça o surrealismo sem pudores. A trama conta a história de Mona (Orsolya Török-Illyés) que vive pelas ruas da Hungria e que tem o desafio de convencer um assistente social de que tem condições de ficar com sua filha pequena após deixar um período com sua tia. Para tanto, ela precisa contar os acontecimentos que vivenciou nos últimos tempos e que explicariam seu distanciamento da menina por aquele período. Eis que Mona conta como conheceu o pai de sua filha, a forma como ela o perdeu, além do encontro derradeiro com seu pai - que sem maiores justificativas a entrega para a mercadores de escravas sexuais. Eis que ela chega no Cabaré do título. Localizado em Liverpool, os cultos cliente de luxo nutrem fantasias com personagens clássicos da literatura (que vão de Desdemona de Shakespeare, passando por Lolita e até Pinóquio). Trancafiada em seu quarto e tratada como objeto sexual, ela vivenciará um bizarro pesadelo enquanto aguarda ser livre novamente. Ao longo do filme, Szabolcs Hajdu faz questão de embaralhar realidades e fantasias sem deixar claro se o que Mona conta é verdade ou apenas um arremedo de histórias para comover o assistente social que está diante dela. Seja real ou imaginário, a história contada por ela, dá margem a várias leituras e analogias de sua conturbada trajetória. O resultado é instigante em toda sua mistura entre o colorido e o sombrio, lembrando em alguns momentos as colagens de gênero feitas pelo cineasta Leos Carax (Holy Motors/2012 e Annette/2021). Dado o conteúdo sexual (e o senso de humor um tanto irregular da produção), o filme não é para todos os gostos, mas quem se aventurar por esta produção poderá sentir-se até gratificado com a narrativa estranhamente envolvente.
Cabaré Biblioteca Pascal (Bibliothèque Pascal / Alemanha - Hungria - Romênia - Reino Unido) de Szabolcs Hajdu com Orsolya Török-Illyés, Oana Pellea, Razvan Vasilescu, Andi Vasluianu, Shamgar Amram e Orion Radies. ☻☻☻☻
PL►Y: A Felicidade das Pequenas Coisas
sábado, 17 de setembro de 2022
§8^) Fac Simile: Julianne Moore
Julie Anne Smith |
PL►Y: Querido Evan Hansen
Imaginar um musical que gira em torno de temas como saúde mental e suicídio parece um tanto estranho mesmo em tempos em que já vimos praticamente de tudo na tela grande. Pois foi com esta matéria-prima que Dear Evan Hansen se tornou um sucesso na Broadway em 2016, principalmente pelo seu elenco e a performance de Ben Platt - que foi agraciado com o Tony por seu trabalho. O sucesso carimbou o passaporte do ator e cantor para o estrelato, fazendo com que estrelasse série na Netflix (The Politician) e filmes em Hollywood. Portanto, nada mais natural que ao anunciarem a adaptação cinematográfica de Querido Evan Hansen alguns envolvidos batessem o pé para que Ben fosse o protagonista. Ironicamente, muitos críticos apontaram a presença do ator um dos maiores problemas desta adaptação, afinal, Ben tinha 26 anos na época das filmagens, praticamente, dez anos a mais do que o personagem principal, um adolescente com ansiedade social e que necessita de acompanhamento médico para manter a sua saúde mental. É visível o esforço de Ben para convencer no papel que já lhe é bem familiar, não por conta de transparecer os dilemas do personagem, mas porque a linguagem cinematográfica é bastante cruel em sua proximidade para evidenciar o que no teatro poderia ser imperceptível: a idade de seu ator principal. Ciente de que o olhar, a voz, a postura e o gestual talvez não dessem conta do rejuvenescimento do ator, apelaram para uma maquiagem que parece estranha até que você decida não dar importância para ela. Assim, Ben vive os dilemas de um adolescente que é solicitado pelo terapeuta a escrever uma carta para si mesmo e, por acidente, acaba a imprimindo na escola e deixando que ela caia nas mãos de um colega bastante agressivo, Murphy (vivido por Colton Ryan). Acontece que Murphy também possui sua cota de mazelas para administrar e, sem dar conta delas, se suicida deixando que a tal carta seja encontrada e confundam Hansen com seu melhor amigo. Começa então uma grande mentira que fará de Evan Hansen uma celebridade local, com direito a campanhas e tudo mais, além de uma colateral aproximação com a família do falecido. Dito tudo isso, fica a ideia de um drama pesado na cabeça do espectador, mas se você lembrar que subitamente o elenco irá cantarolar suas angústias a coisa fica estranha - afinal, na Broadway a ideia pode funcionar, na telona... a artificialidade da proposta fica bastante desconfortável. No entanto, vale destacar alguns pontos que evidenciam o que há de bom na história: a ideia das redes sociais para aproximação das pessoas, mas também para o massacre de indivíduos que passam a ser julgados por isso ou aquilo, a necessidade de uma geração em tornar tudo público (ainda que seja um segredo), a ideia ilusória de que você só importa se for for popular (o que só confunde as inseguranças vinculadas à sua autoestima), além de como o seu estado mental pode ser disfarçado com sorrisos ou agressividades. No entanto, ao optar por sua versão branda de tudo o que abraça, Querido Evan Hansen nunca atinge as notas que almeja. Resta o esforço de Ben e a atuação de Julianne Moore que percebe o abismo em que seu filho mergulha lentamente. Não é o desastre que anunciaram, mas é um filme muito esquisito. Ainda acho que a direção de Stephen Chbosky (de As Vantagens de Ser Invisível/2012 e Extraordinário/2017), contribui para a coisa não desandar de vez, mas deixa a impressão que o rapaz está se repetindo filme após filme e perdendo o fôlego cada vez mais.
Querido Evan Hansen (Dear Evan Hansen/ EUA - 2021) de Stephen Chbosky com Ben Platt, Julianne Moore, Amy Adams, Kaitlyn Dever, Amandla Stenberg, Colton Ryan e Nik Dodani. ☻☻
terça-feira, 13 de setembro de 2022
4EVER: Jean Luc Godard
Em 91 anos de vida, o francês Jean Luc Godard produziu mais de 127 filmes - seja em preto e branco ou em 3D. Representante do movimento da Nouvelle Vague do cinema francês e ganhador de inúmeros prêmios internacionais, o cinema de Godard através do tempo deixou de ser sobre contar histórias e mais sobre fazer História, com seus filmes não narrativos e banhados cada vez mais de reflexões e filosofia seja sobre o mundo e a própria forma como enxergamos o cinema. Seus filmes criavam inovações que muitas vezes eram considerados defeitos pelos tradicionalistas, mas aos poucos, eram incorporados ao cinema comercial. Seu cinema era mais do que autoral, era político, contestador, vanguardista e, por isso mesmo, muitas vezes era incompreendido. Diretor de clássicos como Acossado (1960), Uma Mulher é Uma Mulher (1961), O Desprezo (1963) até chegar aos filmes-ensaios derradeiros como Adeus à Linguagem (2014) em 3D e Palavra e Imagem (2018). Filho de um médico que trabalhava na Suíça e neto de um banqueiro suíço, antes de se dedicar ao cinema, Godard formou-se em Etimologia na Universidade de Paris e vivia recluso nos últimos anos. A causa da morte não foi revelada pela família.
segunda-feira, 12 de setembro de 2022
PL►Y: Boa Sorte, Leo Grande.
PL►Y: O Peso do Talento
Pascal e Cage: talento em boa companhia. |
Acho que a esta altura já é de domínio público a crise financeira de Nicolas Cage que o fez topar fazer qualquer projeto que lhe caísse nas mãos para saldar suas dívidas, afinal, proporcional ao seu talento, somente a sua inabilidade em controlar as finanças. No entanto, uma verdadeira legião de fãs fieis mantiveram seu nome em evidência até nos piores momentos deste ator oscarizado. Claro que no meio de tantos projetos indignos de nota, algumas vezes Nicolas demonstrava ser o mesmo ator inspirado de antes. Parece que a má fase do ator já passou, as dívidas já foram quitadas e agora ele pode ser mais criterioso em suas escolhas, basta ver seu trabalho em PIG (2021) no ano passado, que quase o levou novamente ao Oscar (e injustamente acabou ficando de fora). Nesse ano ele voltou a uma produção de grande estúdio com este O Peso do Talento em que o trailer já deixava claro que o tom de galhofa iria predominar. Cientes de que Cage é capaz de tudo, o público ficou bastante curioso em ver o ator vivendo a si mesmo na tela em meio à uma baita presepada. Obviamente que Cage vive uma versão de mentirinha de si mesmo, mas as brincadeiras com sua vida pessoal estão todas ali, some isso às brincadeiras com suas conversas cerebrais sobre cinema e literatura com a filha adolescente (Lily Sheen), os conflitos com a esposa (Sharon Horgan), a frustração de perder um projeto sério para um jovem ator e a necessidade de topar trabalhos obscuros para pagar boletos (muitos boletos). Ser astro em Hollywood desde os anos 1980 não é para qualquer um (e você pode contar nos dedos quantos permanecem relevantes depois de tanto tempo no século XXI). Cage recebe de seu agente (Neil Patrick Harris) o convite de se encontrar com um bilionário (Pedro Pascal) que é seu fã de longa data por uma quantia gorda de dólares, o ator (que está convencido em dar um ponto final na carreira com o que lhe resta de dignidade) topa a empreitada e... o milionário tem seus delírios de grandeza (e o carisma habitual de Pascal torna fácil torcer por ele), mas que estão destinados à frustração com a decisão de aposentadoria de Cage. Esta parte cômica já daria conta de manter o filme funcionando, mas o diretor Tom Gormican (que antes realizou o bobinho Namoro ou Liberdade/2014) resolveu mudar o filme no meio do caminho para uma trama de ação das mais canhestras já feitas pelo astro com direito a envolvimento da CIA, sequestros, traficantes... como o tom de galhofa permanece, a coisa fica cada vez mais absurda e funcionando bem pela destreza de Nicolas Cage em lidar com este tipo de loucura criativa. Temperado com referências a sucessos do passado do ator e amparado por um ótimo elenco de apoio, O Peso do Talento é feito para divertir e cumpre seu papel com louvor e sandices, ainda que no final o astro aprenda uma lição que é pura ficção. Mas ok, bem vindo de volta ao mainstream, Nick Cage. Você merece!
O Peso do Talento (The Unbearable Weight of Massive Talent) de Tom Gormican com Nicolas Cage, Pedro Pascal, Tiffany Haddish, Sharon Horgan, Paco Léon, Neil Patrick Harris, Lily Sheen, Alessandra Mastronardi, Jacob Scipio, David Gordon Green e Demi Moore. ☻☻☻
sábado, 10 de setembro de 2022
PREMIADOS FESTIVAL DE VENEZA 2022
"All the Beauty...": considerado o melhor de Veneza. |
Fazia tempo que o Festival de Veneza não fazia tanto barulho com os seus selecionados. Considerado um dos eventos mais importantes do mundo do cinema, em sua nonagésima edição, o Festival viveu quase duas semanas intensas de exibição de filmes, incluindo alguns dos mais aguardados do ano como The Whale marcando o retorno de Brendan Fraser a um papel de destaque (e sob a preciosa batuta de Darren Aronofsky) , a versão de Ana De Armas para Marilyn Monroe em Blonde da Netflix, as picuinhas que se tornaram mais interessantes do que o filme em si em Don't Worry Darling de Olivia Wilde, mas no fim das contas, alguns favoritos ganharam força e levaram seus prêmios para casa, ainda que provocando surpresa como o novo trabalho da documentarista Laura Poitras, eleito o melhor do Festival em sua parceria com a fotógrafa Nan Goldin e sua campanha contra família Slacker, dinastia da indústria farmacêutica e grandes responsáveis pela epidemia de opióides. Segue abaixo os premiados do Festival de Veneza - e suas chances ampliadas para a temporada de ouro que está logo ali.
Leão de Ouro: "All the Beauty and the Bloodshed" de Laura Poitras
Leão de Prata - Grande Prêmio do Júri: "Saint Omer" de Alice Diop
Leão de Prata - Melhor Direção: Luca Guadagnino (Bones and All)
Prêmio Especial do Júri: "No Bears" de Jafar Panahi
Melhor Atriz: Cate Blanchett (TÁR)
Melhor Ator: Colin Farrell (The Banshes of Inisherin)
Melhor Roteiro: "The Banshes of Inisherin" de Martin McDonagh
Melhor Jovem Ator: Taylor Russell (Bones and All)