Christopher Plummer (Toda Forma de Amor)
Nascido em 1929 e ator desde a década de 1950, este célebre canadense ficou famoso no cinema por contracenar com Julie Andrews como o galante Sr. Von Trapp em A Noviça Rebelde (1965) que acabou ficando de fora dos indicados ao Oscar daquele ano - mesmo com o filme concorrendo em 10 categorias! Sem ter parado de trabalhar - seus filmes mais recentes e importantes foram Os 12 Macacos (1995), O Informante (1999), Uma Mente Brilhante (2001) e a voz do velhinho de Up (2009) - a Academia só lhe rendeu a primeira indicação em 2009 por viver Leon Tolstói no razoável A Última Estação. Neste ano Plummer já faturou vários prêmios (Globo de Ouro e SAG inclusive) o que o deixou com porte de favorito ao Oscar de Coadjuvante pelo papel do octogenário que enfrenta um câncer enquanto sai do armário.
Pensei que Jonah Hill estava fadado a ser o gordinho chato a que já estava se acostumando em produções como Cyrus (2010), mas não é que o rapaz resolveu dar uma guinada na carreira! Está certo que ele serve de alívio cômico como uma espécie de assistente do personagem de Brad Pitt e acaba se envolvendo numa forma revolucionária de escalar um time de beisebol. Apesar de ter sido lembrado em algumas premiações como um dos melhores do ano, o rapaz tem poucas chances de levar o prêmio - mas ao que parece está disposto a encarar novos desafios. Quem viu o resultado de sua dieta rigorosa no Globo de Ouro percebe que o papel mudou a vida do rapazinho de Superbad (2007). Hill é o mais jovem (28 anos!!!) e único estreante em Oscar entre os indicados da categoria.
Este ator nascido na Irlanda do Norte já foi considerado um prodígio como ator e diretor e desde que pagou mico em Wild Wild West (1999) andou sumido (apesar dos pequenos papéis em Harry Potter e a Câmara Secreta/2002 e Operação Valquíria/2008). Diretor de 13 filmes, 2012 foi o ano de sua ressurreição com o sucesso de sua direção em Thor e sua interpretação como Sir Laurence Olivier nas conturbadas filmagens de "The Prince and The Showgirl" - onde sua relação com a co-estrela Marilyn Monroe era extremamente tensa. Branagh era a escolha óbvia para o papel já que é reconhecido pela sua verve shakesperiana - que lhe rendeu as indicações ao Oscar por Herique V (ator e diretor) em 1989 e Hamlet (roteiro adaptado) em 1996. Além disso concorreu pela direção de um curta de animação chamado Swan Dog em 1992. Apesar de ser a primeira vez que concorre ao prêmio de coadjuvante é o que mais obteve indicações entre seus concorrentes.
Max von Sydow (Tão Forte e Tão Perto)
Atuando no cinema desde 1949, Max von Sydow já recebeu 23 prêmios por seus trabalhos - especialmente depois de seu magnífico trabalho como o guerreiro das cruzadas do clássico O Sétimo Selo (1957), uma obra-prima de Ingmar Bergman. Muita gente também deve lembrar dele em outro clássico de fãs ardorosos: O Exorcista (1973). Prestes a completar 83 anos, Sydow conseguiu sua segunda indicação ao Oscar (concorreu ao prêmio de ator somente por Pelle, O conquistador/1987). Depois de participar de filmes recentes como Ilha do Medo, Lobisomen e Robin Hood (todos de 2010), o ator foi indicado ao prêmio de coadjuvante pelo seu silencioso personagem no longa de Stephen Daldry - onde é um dos personagens que o personagem principal encontra pelo caminho. Muitos comentam que apesar de abordar a tragédia de 11 de setembro, o único personagem que parece realmente sincero no filme é o deste cultuado astro sueco.
Nick Nolte (Guerreiro)
Nessa categoria marcada por veteranos, o grandalhão Nolte já estava pensando que ficaria de fora do páreo no Oscar após a esnobada do Globo de Ouro. Nolte interpreta um híbrido de pai e técnico do lutador que dá nome ao filme. Marcado por sua personalidade auto-destrutiva, o personagem é um prato cheio para o ator que enfrentou problemas com o uso abusivo de algumas substâncias perigosas. Veterano (atua desde a década de 1960) aos 61 anos, o ator conseguiu sua terceira indicação ao Oscar (as anteriores foram por O Príncipe das Marés/1991 e Temporada de Caça/1997), mas é a primeira vez que concorre como coadjuvante. Nolte está com cinco filmes agendados para este ano, incluindo Parker de Taylor Hackford (de Advogado do Diabo) e The Company you Keep, o novo longa assinado por Roberd Redford.
O ESQUECIDO: Albert Brooks (Drive)
Não é só por ser fã de Brooks desde que o vi em Nos Bastidores da Notícia (1987) admirar seu trabalho de direção em Um Visto Para o Céu (1991), mas me pareceu uma grande maldade esnobar Bernie Rose, seu assustador gangster de Los Angeles no filme de Nicolas Winding Refn (que foi badalado em Cannes, mas a quem o Oscar destinou somente uma indicação: edição de som). Acostumado a viver tipos simpáticos em comédias, Brooks está mais do que convincente como o malvadão que persegue o personagem de Ryan Gosling por conta de uma dívida de 300 mil dólares. Lembrado no Globo de Ouro e ignorado no Oscar, Brooks terá de se contentar com os prêmios recebidos em festivais de cinema independente e associações de críticos que se surpreenderam com sua performance. Se concorresse ao careca dourado, seria sua segunda indicação na categoria coadjuvante - a primeira foi como o repórter que queria ser âncora em Bastidores.