segunda-feira, 29 de julho de 2013

MOMENTO ROB GORDON: THE SMITHS NO CINEMA

Se não houvesse sido cancelado (por motivos pessoais) o Show do Morrissey no Brasil começariam amanhã em São Paulo. Como a passagem do ex-vocalista do The Smiths ficou só na vontade de reembolso, o Diáriw Cinéfilo resolveu curar a mágoa destacando cinco momentos em que a clássica banda dos anos 1980 contribuiu com a história do cinema:

5 - CURTINDO A VIDA ADOIDADO (1986)
A versão instrumental de Please, please, please, let me get what i want (feita pelo grupo The Dream Academy) caiu como uma luva num dos momentos mais tranquilos da jornada de Ferris Bueller pela cidade. O filme de John Hughes utiliza a suave melodia para fazer os personagens interagirem com as obras presentes num museu. Curiosamente, a música original foi lançada como B-side do single William, It was really nothing em 1984 e apareceu em algumas coletâneas do grupo. Curioso é que tornou-se uma das canções mais regravadas da banda, passando pelos instrumentos de Franz Ferdinand, The Decemberist, Ok Go, She & Him (versão que é o toque de celular de minha irmã) entre outras. 

4 - 500 DIAS COM ELA (2009)
Alguém é capaz de resistir a qualquer pessoa que cante os versos de There is a light that never goes out? A música que marcou uma paixão de minha adolescência serve para embalar o encontro do cultuado casal Tom (Joseph Gordon Levitt) e Summer (Zooey Deschanel) neste filme de Marc Webb. A música do elogiado álbum The Queen is Dead (1986) serve para aproximar o casal e deixar a cena do elevador ainda mais memorável. Não satisfeito, o longa ainda conta com a versão original de  Please, please, please, let me get what i want (e a versão ainda mais suave desta canção na voz de Zooey com a banda She & Him)

3 CLOSER (2004)
Eu nunca teria imaginado que The Smiths serviria para trilha de cena de pole dance, mas How Soon is Now? com suas guitarras distorcidas e sonoridade diferente do repertório da banda caiu como uma luva para a emblemática cena em que os personagens de Natalie Portman e Clive Owen se encontram numa boate de striptease e travam um dos melhores duelos verbais do texto de Patrick Marber. Também lançada originalmente como B-side do single William, It was really Nothing, o sucesso garantiu lugar entre as faixas do álbum Meat is Murder (1985), segundo álbum da banda. A faixa ficou famosa por sua longa extensão (a original tem quase sete minutos) e alguns críticos a consideram um dos maiores clássicos dos anos 1980. 

2 - AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL (2012)
Chega a enjoar quantas vezes a música Asleep é mencionada no filme de Stephen Chbosky. Sendo a música favorita de Charlie (Logan Lerman), o protagonista do filme, a música se destaca numa trilha que conta ainda com clássicos de David Bowie, New Order e até do musical The Rocky Horror Show. A melancólica canção foi lançada como B-side da clássica The Boy With A Thorn in His Side do álbum The Queen is Dead (1986) e tornou-se uma das raridade mais queridas da banda após ser lançada em coletâneas. 

1 - A FESTA NUNCA TERMINA (2002)
Um dos meus filmes favoritos de Michael Winterbotton retrata o cenário roqueiro do final da década de 1970 até os anos 1990 em Manchester, período em que  passou pelas cultuadas mãos do produtor Tony Wilson (Steve Coogan) bandas do porte de Joy Division, Happy Mondays e New Order. O que os Smiths tem a ver com isso? A banda é contemporânea do selo de Wilson (a Factory Records) e do badalado Hacienda Club e ganha destaque em um momento revelador em que Wilson, diante de Jesus Cristo, confessa seu maior pecado: não ter contratado o The Smiths! Senhor, tenha misericórdia! Ele não sabe o que faz!

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